quarta-feira, 11 de abril de 2012

Parasitas nos Camarões!!

Se preparem pessoal essa semana o Juan Camaron que faz parte de um grupo no Facebook, postou esses vídeos, onde mostra um camarão com infestação parasitária e ele não sabia que parasita era.


Para mim é o verme ancora ou Lernea.


Acompanhe os vídeos:







Mais sobre o Verme âncora:







Fisiopatologia :1- Efeitos nas brânquias: lesões com perda da arquitetura branquial e redução da sua função devido a atividade alimentar do parasita. Pode ocorrer ainda oclusão temporária, ou permanente da circulação pela fixação do parasita. O tecido branquial pode ainda sofrer necrose e desintegração local, ou difusa. 
2- Efeito na pele : fixam-se apenas sobre a pele e causam destruição de escamas e células mais superficiais. No local de fixação surge uma lesão que permanece mesmo depois do desprendimento do parasita. Há irritação local e inflamação. Em infestações mais intensas onde as lesões são mais graves pode ainda ocorrer problemas de osmorregulação provocados pela perfuração do tegumento. Infecções bacterianas secundárias são algumas das complicações deste tipo de parasitismo. 
3- Efeitos gerais: freqüentemente há uma perda de peso do hospedeiro. Peixes infestados por ectoparasitas sofrem de constante irritação na superfície do corpo e são obrigados a conviver com esta situação estressante. É possível observar mudanças no comportamento de peixes parasitados, pois estes freqüentemente tentam se livrar destes parasitas ao realizar fricção contra objetos duros, pedras, etc...

Ciclo de vida:
Apenas a fêmea adulta de lernea é parasita, sendo nesta fase hematófaga e por esta razão causa a já citada anemia no peixe hospedeiro. A grande maioria dos peixes infestados por estágios adultos de lernea (visível macroscopicamente) apresentaram também as formas infectantes (copepoditos) na pele e, principalmente nas brânquias. Estes resultados alertam para cuidados na aquisição de peixes ornamentais sem controle sanitário para lerneose. O cilco de vida da Lernaea sp. é complexo, pois envolve uma série de formas intermediárias que antecedem o estágio de adulto. A cópula e fecundação ocorrem na água durante a fase de vida livre do ciclo. Esta fecundação culmina com a morte do macho. A fêmea fecundada remanescente passa por um processo de metamorfose dando inicio a fase de vida parasitária.

A temperatura da água é um fator importante para a reprodução do parasita e início do parasitismo. Temperaturas na faixa entre 18 a 25°C são ótimas para a perpetuação do ciclo de vida. Desde da ovopostura da fêmea até o surgimento da forma infectante do ciclo de vida pode transcorrer algo próximo de 7 dias. As fases de vida passam dos estágios de náuplios e metanáuplios até copepoditos primário, secundário e copepodito infectante. A visualização das primeiras vesículas na superfície do corpo do peixe logo após a fixação da fêmea podem surgir a partir de 10 dias. A fêmea adulta fixada ao corpo pode levar entre 14 a 18 dias de acordo com a temperatura da água. 


Tratamento EM PEIXES:


 a) Remoção manual com pinça cirúrgica. No caso da lernea as lesões são mais profundas sendo necessário um banho com solução de Permanganato de Potássio e posterior remoção dos parasitas fixados. Outra alternativa é instilar um solução hipertônica com Cloreto de Sódio(Rinosoro Hipertônico 3%) sobre o parasita. Isto facilita a sua remoção com a pinça. . A remoção manual não significa que não há necessidade de tratamento com medicamentos. Esta serve apenas para interromper os danos diretos que o parasita ocasiona ao peixe enquanto o tratamento está em execução. 
b)Medicamentos na ração: Vitosan 
c)Produtos para banhos de imersão : Anchor away/PondRx. 
Diflubenzuron / Trichlorfon / Malathion 
d)Banhos rápidos de imersão com Cloreto de sódio 5% durante 60 segundos. 
Repetir este banho duas a três vezes.Pode-se também adicionar formalina 10%.

Medicamento Disponível no Mercado:

Sera Med Profissional Tremazol





Propriedades: Tratamento contra parasitas externos (ectoparasitas) em aquários de água doce.
Seguintes Parasitas: Dactylogirus vastador, Ichthyophthirius multifilis, Ichthyobodo, Costia, Chilodonella, Trichodina, Saprolegnia e Achlya.
Os organismos unicelulares patogénicos causam muitas doenças dos peixes. Certamente, o causador da doença do ponto branco, Ichthyophthirius multifiliis, é o mais importante entre estes. Num curto prazo de tempo, os parasitas contaminam toda a população do aquário. Como os organismos unicelulares parasitam principalmente na pele, são sobretudo os peixes jovens e os peixes com poucas ou sem escamas os que correm mais perigo.
A substância activa contida no SERA med Professional Protazol – Bis(4-dimethylaminophenyl)phenylmethyliumhydroxid (Base de verde de Malaquita) – é altamente efetiva contra os parasitas na fase natatória que se encontram na água, sendo simultaneamente muito bem tolerada. Para além do seu efeito contra o Ichthyophthirius multifiliis, SERA med Professional Protazol também atua de forma eficaz contra outros ciliados patogénicos, como p.ex. Trichodina sp. e Chilodonella sp.

Nunca vi em camarões, já vi em uma lagosta e meus aquários já tiveram ela!! São diminutos quando jovens cerca de meio milimetro e parecem umas pulguinhas e se  muito nos vidros dos aquários e são rápidos, parecem uns pontinhos brancos com 2 caudas e quando grande se parecem com os da imagem lá em cima. Eliminei com Tremazol. Tive que colocar o aquário sobre aeração forte e aplicar o dito cujo!!

Á filtragem deve ser desligada e trocada por um filtro externo com perlon somente!!!

No Caso de camarões não sei o efeito do Tremazol sobre eles.

Existe também no Mercado o MASOTEN da Bayer:



Fórmula: 
Cada 100 g de Masoten contém: 

Triclorfone...............................................80,0 g 
Veículo q.s.p. .......................................100,0 g 


Indicações: 
Masoten combate os parasitas de peixes de água doce (truta, carpas, enguias e outros), tais como Argulus sp. (piolho dos peixes), Ergasilus sp. (caranguejo-das-guelras), Lernea sp. (verme da âncora), Trichodinas (protozoário), Dactylogyrus sp. (verme das brânquias), Gyrodactylus sp. (verme da pele) e diversos trematódeos (como Psicola e outros) sensíveis ao Triclorfon. 

Dosagem: 
Tratamento dos tanques 
Pode-se fazer um tratamento dos tanques, antes da sua ocupação, usando-se concentrações de 2,5 a 5,0 kg/ha (10.000 m2), no mínimo 14 dias antes do povoamento. 

Espécies:Carpas e enguias 
Indicação: Argulus, Ergasilus, Lernea, Dactylogyrus, Gyrodactylus 
Quantidade de Masoten por ha (10.000 m2) de superfície do tanque: 
Profundidade média do tanque: 50 cm = 2,5 kg 100 cm = 5,0 kg 
(isto corresponde a 1g Masoten / 2000 L de água) 

Espécie:Truta 
Indicação: Trematódeos (Trichodina)* 
Quantidade de Masoten por ha (10.000 m2) de superfície do tanque: 
Profundidade média do tanque: 50 cm = 1,25 kg 100 cm = 2,5 kg 
(isto corresponde a 1g Masoten / 4000 L de água) 

*Para efeito completo em Trichodina de carpas e enguias é necessária a concentração de 1g de Masoten/400L de água. Isto corresponde a 12,5 kg/ha em tanque com profundidade média de 50 cm e 25 kg/ha, em tanque com profundidade de 100 cm. 

Administração: 
Modo de usar 
Preparo da calda: despejar a quantidade desejada de Masoten em um recipiente, adicionando sob agitação, 10 a 20 vezes a mesma quantidade de água. A seguir, pode-se aumentar a diluição para facilitar a aplicação. Tratar, então, por igual, toda a superfície do tanque por pulverização. 

Frequência de tratamento 
Nas infestações por Lernea sp., o primeiro tratamento deve ser no início da primavera, podendo ser repetido após 2-3 semanas, se a água estiver com temperatura em torno de 15ºC. Caso a temperatura seja superior a 20ºC, o intervalo de tratamento deve ser de 1-2 semanas. Em infestações causadas por Argulus sp. o intervalo entre tratamentos deverá ser de 3-4 semanas. 

Banhos de imersão temporária 
Para carpas, esse método pode ser empregado quando os peixes são transferidos pata tanques limpos. Prepara-se uma calda de 2,5 kg de Masoten para cada 100 litros de água, em um tanque de tratamento no qual os peixes são colocados com o auxílio de uma rede ou puçá, antes de serem levados para os novos tanques. 
Duração do tratamento: 5 a 10 minutos. 
Em carpas jovens e/ou debilitadas: 5 minutos 

Recomendações 
Tratar com Masoten de preferência quando a temperatura da água estiver baixa, já que a eficiência do produto é melhor em águas frias. 


Precauções: 
Conservar em local fresco, ao abrigo da luz solar direta e fora do alcance de crianças e animais domésticos. Não use a embalagem vazia. Não guarde ou aplique junto de alimentos, bebidas, medicamentos, produtos de higiene e domésticos. Não coma, não beba e não fume durante o manuseio do produto. Não utilize equipamentos com vazamento. Não desentupa bicos, orifícios e válvulas com a boca. Não manuseie o produto com as mãos desprotegidas. Não aplique o produto contra o vento. Não contamine coleções de água de qualquer natureza. Descartar as embalagens vazias, bem como limpar os equipamentos ou recipientes usados de forma segura, evitando a contaminação do meio ambiente. 

Cuidados no manuseio do produto 
Use protetor ocular. Ocorrendo contato do produto com os olhos, lave-os imediatamente. Use máscara cobrindo o nariz e a boca. Caso haja inalação ou aspiração, procure local arejado. Use luvas de borracha, macacão com mangas compridas, avental impermeável e botas. Ao contato do produto com a pele, lave-a imediatamente. Em caso de intoxicação humana ou animal, chamar o Médico ou o Médico Veterinário, respectivamente. 

Grupo Químico: Organofosforado 
Ingrediente ativo: Triclorfone 
Ação tóxica: Inibidor da colinesterase 
Antídoto/tratamento: Sulfato de atropina. É recomendável associar reativadores da colinesterase, tratamento sintomático e descontaminação. 

Download da Bula do medicamento: Masoten

Atenção: o verme âncora é um crustáceo!!

Não sei se á formula dos medicamentos são para combater crustáceos e se forem não podem ser aplicados em camarões!!

Vou pesquisar mais e depois complemento este artigo.